Atualmente,
existe um conjunto considerável de novos contextos educativos, nomeadamente: associações
de desenvolvimento local; associações culturais; instituições particulares de
solidariedade social; fundações; e centros de formação. Por outro lado, também
os atores se ampliaram como: formadores; profissionais de reconhecimento e validação
de competências, diretores e coordenadores de Centros Novas Oportunidades; e mediadores
de cursos EFA.
Consequentemente, a sociologia da educação tem-se debruçado, desde
longa data, sobre as questões curriculares, isto é, sobre a análise da seleção,
organização e transmissão do conhecimento escolar e seus efeitos sociais. Tendo
verificado um predomínio do modelo escolar neste tipo de educação e nos seus
currículos. Contudo, defende que tal perspetiva tem colaborado para a reprodução
social e que os currículos na educação de adultos devem basear-se nas experiências
dos formandos, nos seus saberes, vivências, atividades e interesses.
Referências Bibliográficas
Na verdade, existem alguns sinais de mudança, pois há casos de
construção curricular que se afastam do modelo escolar, ao assentar grande
parte da sua filosofia na metodologia do balanço de competências, sendo esta outra
das tendências atuais da educação de adultos. O caso dos cursos EFA é dos mais
visíveis neste tema e será aquele que maior possibilidade apresenta de realizar
tal afastamento. Nessa forma de construção curricular está presente, pelo menos
do ponto de vista teórico, a influência de Paulo Freire (1975) e das suas
ideias base, como por exemplo nos temas de vida e nas questões geradoras,
preconizadas em tais cursos.
Referências Bibliográficas
Loureiro, Armando Paulo Ferreira:
“Novos” Territórios e Agentes Educativos
em Sociologia da Educação: o caso da educação de adultos. Revista
Lusófona de Educação, 20, 123-139.
Freire, P. (1975). A pedagogia do oprimido. Porto: Afrontamento.
Freire, P. (1975). A pedagogia do oprimido. Porto: Afrontamento.
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