quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Intervenientes na Formação de Adultos

Atualmente, existe um conjunto considerável de novos contextos educativos, nomeadamente: associações de desenvolvimento local; associações culturais; instituições particulares de solidariedade social; fundações; e centros de formação. Por outro lado, também os atores se ampliaram como: formadores; profissionais de reconhecimento e validação de competências, diretores e coordenadores de Centros Novas Oportunidades; e mediadores de cursos EFA.
Consequentemente, a sociologia da educação tem-se debruçado, desde longa data, sobre as questões curriculares, isto é, sobre a análise da seleção, organização e transmissão do conhecimento escolar e seus efeitos sociais. Tendo verificado um predomínio do modelo escolar neste tipo de educação e nos seus currículos. Contudo, defende que tal perspetiva tem colaborado para a reprodução social e que os currículos na educação de adultos devem basear-se nas experiências dos formandos, nos seus saberes, vivências, atividades e interesses.
Na verdade, existem alguns sinais de mudança, pois há casos de construção curricular que se afastam do modelo escolar, ao assentar grande parte da sua filosofia na metodologia do balanço de competências, sendo esta outra das tendências atuais da educação de adultos. O caso dos cursos EFA é dos mais visíveis neste tema e será aquele que maior possibilidade apresenta de realizar tal afastamento. Nessa forma de construção curricular está presente, pelo menos do ponto de vista teórico, a influência de Paulo Freire (1975) e das suas ideias base, como por exemplo nos temas de vida e nas questões geradoras, preconizadas em tais cursos.


Referências Bibliográficas
Loureiro, Armando Paulo Ferreira: “Novos” Territórios e Agentes Educativos em Sociologia da Educação: o caso da educação de adultos. Revista Lusófona de Educação, 20, 123-139.
Freire, P. (1975). A pedagogia do oprimido. Porto: Afrontamento.

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